Réu do sexo

William Haverly Martins cria um mundo que não exis destrói o mundo que existe e o recria verossímil. A ficção é criação. Esse é o valor da arte literária. Ao ler o Réu do Sexo, o leitor parece estar vendo e ouvindo o que lê. Parece estar testemunhando os "fatos".

A luta fictícia entre as paixões e a razão é tão ferrenha que o leitor estremece sem estremecer, julga sem julgar, sente sem sentir. É um irrealismo prenhe de realidade. Romance "portovelhense" com horizonte de universalidade.

José Dettoni

Professor, filósofo, escritor, ex-reitor da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), atual chanceler da Faculdade São Lucas.

A leitura do Réu do Sexo é prazerosa, instigante, a cada passo das personagens e a cada mexida nas peças de xadrez da inusitada comunidade tribunalicia de que cuida a trama, advém reflexões profundas e intelectualmente estruturadas em Freud, Lacan e Foucault, provocando no leitor uma catarse a cada capítulo, prenhes de verosimilhança indiscutivel, mimese incensurável e complexidade digna de um romance de seu autor.

(...) fugindo ao lugar-comum, para criar um enredo que se amalgama na rocha firme da vivência literária e experiência do autor: pura arte!

Numa profusão de metáforas e expressões bem-postas, hauridas na profunda formação jurídica-psicológica e literária de William Haverly Martins - repita-se - pautadas ora em Hegel, ora em Kant, ora em Nietzsche ou Sartre e com mais frequência em Lacan, não surpreende a presença da mãe alcoviteira de jovem bacharela de rara beleza e honra abalada, mancha a ser devidamente apagada mediante a agregação de sobrenome renomado da alta Corte de Justiça.

Mimetismo aristotélico melhor, impossível!

Amores, traições, labores, paixões, conchavos, ilusões, enfartos, armações de alcova, prisões... e morte! De tudo e tudo tem um pouco neste Réu do Sexo, sem vagas nem exageros.

Dimis da Costa Braga

Juiz Federal

Ardente, sensual, trágico, cômico, coloquial (sem descer a baixarias), tristemente real.

Gostei tanto que li quase numa sentada.

Reginaldo Trindade

Procurador da República